Como preparar sua startup para a nova economia

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O que entende-se por nova economia é um ambiente no qual as mudanças são mais rápidas, a busca por inovação é constante, o desenvolvimento tecnológico é aplicado profundamente e se tem uma cultura de prestação de serviços, mesmo quando a empresa comercializa produtos.

Nesse modelo de mercado, com a transformação digital, as pessoas têm papel cada vez mais estratégico, enquanto máquinas, softwares e hardwares se ocupam em atividades de rotina e repetitivas, que tomam muito tempo para realização.

Outro ponto muito importante da atuação na nova economia é a gestão de dados, já que é cada vez mais fácil obter grandes volumes de informação sobre mercado e clientes. Portanto, é necessário organizar, analisar e utilizar da melhor forma esses dados para entender tópicos que citamos acima, como mudanças de mercado, principais necessidades dos clientes e inovações que o negócio precisa promover em vista de oportunidades e problemas identificados.

Adaptar a startup a esse modelo de mercado moderno, inteligente e conectado demanda planejamento e movimentos em diferentes setores, como abordaremos nos tópicos a seguir.

Adição de serviços

Seja a sua solução um produto ou já um serviço, é preciso estar atento a formas de adicionar serviços disponíveis aos clientes (ou serviços adicionais).

Por exemplo, se a sua startup é do modelo SaaS, pode ser necessário à empresa usuário do software conhecimentos específicos para operar e rodar os processos centralizados na ferramenta. Nesse caso, o serviço adicional pode ser a disposição de um banco de talentos, com profissionais que as empresas clientes podem contratar para fazer o trabalho dentro do sistema.

Na hipótese de ela vender um produto para empresas ou pessoas físicas, em um modelo mais parecido ao tradicional, a adição de serviços pode ser feita em processos como entrega, manutenção preditiva, acompanhamento pós-venda ou fornecimento de um aplicativo que ajudará na experiência de uso do item.

O ato de prestar serviços visa a entrega das melhores experiências para os clientes, o que sempre foi importante e ganhou ainda mais relevância na nova economia.

Flexibilidade

Se a nova economia tem como uma das características rápidas mudanças, toda a estrutura do negócio precisa ser flexível o suficiente para se adequar à necessidade de movimentos rápidos. Isso inclui também a hierarquia e as decisões tomadas, inclusive pelos fundadores.

Grandes aliados da flexibilidade são pivotagem e MVP, mas há outras formas de se ter uma estrutura mais flexível, como dar mais autonomia à equipe e definir processos de forma que mudanças neles não causem interrupções e grandes transtornos.

Ambiente criativo

Deve-se permear na empresa um ambiente de criatividade, realizando testes de novas ideias e influenciando os funcionários a anotarem e discutirem percepções que têm no dia a dia e ideias que surgem para melhorar processos ou adicionar entregas aos clientes.

Junto à influência à criatividade, a cultura corporativa também deve promover um ambiente no qual todos busquem e compartilhem conhecimentos, sejam centrados no que a empresa faz e em seu mercado ou em assuntos que se relacionam apenas indiretamente com o negócio.

Criatividade e conhecimento são os principais motores da inovação.

Responsabilidade social

Todos os participantes da nova economia se preocupam cada vez mais em impactar o mundo e a sociedade positivamente. Daí a importância de estar atento a questões sociais e ambientais.

Alguns bons exemplos são oferecer benefícios que auxiliam os funcionários no consumo de cultura (livros, filmes, teatros e outros eventos) e na manutenção da saúde (plano de saúde, academia).

Também é importante promover diversidade de gênero, cor e orientação sexual na formação das equipes. A própria cultura corporativa deve prever essa promoção como objetivo e apresentar os valores da empresa em relação ao respeito pelas diferenças e pela diversidade.

Caso as atividades da empresa tenham relação com o meio ambiente de alguma forma, ela deve buscar minimizar ao máximo os impactos ambientais e buscar ações que compensem até o mínimo impacto.

Dados e capacidade analítica

As pessoas que fazem parte da startup devem investir em aumento da capacidade analítica. Isso porque todos, ou quase todos, os profissionais podem ser exigidos em relação a visualizar dados para tomar decisões, finalizar tarefas ou comunicar outras pessoas.

Como a possibilidade de extração de dados para todos os setores e profissionais é grande, é preciso fortalecer a cultura de orientação por dados, para o que é preciso ter capacidade analítica.

Essa capacidade também permite que as pessoas tenham capacidade crítica. Ou seja, entender se os dados que estão sendo coletados e entregues para visualização são os mais relevantes para suas tarefas operacionais e gerenciais ou se existe necessidade de modificar dashboards e relatórios.

Automação e pensamento estratégico

Um profissional do setor financeiro que precisa manualmente fazer lançamentos de contas a pagar e receber, cálculos e junção de documentos pode ficar sem tempo nenhum para trabalhos estratégicos que geram mais valor para a empresa, como analisar a estrutura de custos buscando pontos de redução ou ver os fluxos de caixa projetados para proteger a saúde financeira da startup com antecipação.

Isso vale para todos os setores. Quanto mais tempo as pessoas trabalharem estrategicamente, deixando que a tecnologia cuide da carga operacional, pesada e demorada, melhor. Até porque nesse ambiente é possível ter grande eficiência com equipes menores, o que diminui de maneira relevante as despesas com pessoal. 

Além de preparar a empresa para a nova economia, os tópicos que abordamos também ajudam o negócio a se tornar uma scale-up, uma startup de alto crescimento. Quer entender melhor? Veja o que é uma scale-up e pontos que ajudam a construir uma.

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