Seja para tirar a ideia do papel, acelerar o crescimento ou promover um salto de expansão em um negócio já consolidado, muitos empreendedores buscam alguns dos vários tipos de investimentos para startups existentes.
Isso é bom, mas às vezes os responsáveis acabam cometendo um erro grave: vão em busca de investimentos que não condizem com a realidade de suas startups.
Por isso, neste post vamos mostrar quais opções você tem para buscar aporte para seu negócio sem errar, indicando quais soluções são as adequadas para startups em diferentes estágios de amadurecimento. Acompanhe-nos e tire as dúvidas que você ainda tem para continuar adiante com seu projeto de crescimento.
Investimentos para startups em estágios iniciais
Nos estágios iniciais uma startup ainda não está consolidada, com grande fatia de mercado adquirida, apresenta mais riscos aos investidores e muitas vezes somente possui um conceito.
Por isso, os investimentos disponíveis ainda são mais baixos, dificilmente superando os R$ 200 mil, e os investidores têm grande preocupação com a estruturação da empresa e sua continuidade, especialmente no caso das incubadoras.
Agora, conheça cinco tipos de aportes que você pode buscar se o seu negócio ainda está dando os primeiros passos.
Aceleração de startups
As aceleradoras são organizações que focam seus investimentos em startups cujas ideias permitam a elas serem empresas de rápido crescimento por meio da escala das atividades e do ganho de fatia de mercado.
Além de apoio financeiro para o desenvolvimento, essas instituições ainda oferecem:
- Mentoria;
- Rede de contatos para desenvolvimento;
- Auxílio na aquisição de clientes;
- Proximidade com outras empresas para parcerias-chave;
- Auxílio na modelagem de negócio.
Em contrapartida desse conjunto de investimentos, as aceleradoras exigem pequena participação no capital da empresa — de no máximo 20%.
Dinheiro de amigos e familiares
As grandes vantagens de contar com o apoio financeiro dos amigos e da família são a facilidade de negociação de valores e devolução e o fato de a burocracia poder ser evitada, bastando uma apresentação didática do projeto e das previsões do negócio.
Porém, ainda que as pessoas próximas apoiem acreditando no sucesso da empresa, elas têm de ficar cientes de que sempre existe a possibilidade de o retorno demorar mais do que o esperado ou ainda de não ocorrer devido a fatores internos e/ou externos.
Investimentos-anjo
Os investidores-anjo são pessoas físicas com capital próprio suficiente, além de expertise, para aportarem em empresas com potencial de crescimento e posteriormente terem retorno com lucro do dinheiro aplicado.
Atualmente, é um dos tipos de investimentos para startups mais conhecidos e procurados pelas empresas em estágios iniciais, tendo ganho enorme notoriedade — inclusive na mídia — nos últimos anos.
Em suma, para conquistar um anjo para a startup é preciso planejar-se em relação a:
- Pitch de apresentação;
- Plano de negócio;
- Projeções de aplicação de investimento, gastos, ganhos e aquisição de clientes;
- Procura por investidor que se encaixe no nicho do negócio.
Capital semente
Os fundos de capital semente (seed) podem ser buscados por startups até mesmo em fase conceitual de solução, sem mesmo terem algo lançado no mercado. Além disso, tais fundos aportam valores maiores que os investidores-anjo, pois são formados por grupos de investidores que juntos aplicam o capital, reduzindo o risco de cada um e formando aporte maior no total arrecadado.
Como no investimento-anjo, o que os participantes de um fundo de capital semente buscam é o lucro atrelado ao crescimento da startup ou ainda de sua venda em prazo mais longo após um grande crescimento em ritmo acelerado.
Incubação de empresas
As incubadoras se adéquam muito bem a startups em fases iniciais por alguns motivos:
- Disponibilizam espaço físico para o trabalho das incubadas, o que oferece estrutura e ao mesmo tempo reduz custos;
- Podem aportar investimentos, neste caso liberados por editais de verbas públicas;
- Focam em inovação e desenvolvimento dos negócios, mesmo que o projeto ainda seja bastante embrionário.
Essas organizações ainda possuem outras particularidades, fatores que as fazem interessantes ao crescimento das startups em fases iniciais.
Um deles é o fato de as incubadoras também apoiarem negócios não tão escaláveis, como é a preferência das aceleradoras, por exemplo. Ou seja, mesmo se o negócio tiver potencial de crescimento mas ainda precisar de tempo de desenvolvimento para ter escala, pode ser incubado.
Diferentemente dos outros tipos que vimos, as incubadoras contam com um processo mais burocrático de seleção, incluindo plano de negócios completo, pelo fato de elementos públicos estarem inclusos no universo de incubação e apoio.
Investimento para startups em fase de crescimento
Fundos de investimento — Venture Capital
Para captar valores de um fundo de investimento o negócio tem de já possuir uma solução montada, rodando, e uma base de clientes, provando que é uma startup escalável e que é um investimento viável em termos financeiros e de mercado. Basicamente, a aplicação é feita para a empresa que já cresce aperfeiçoar ainda mais seu produto ou serviço e seguir expandindo, mas de forma acelerada.
Os fundos Venture Capital são formados por investidores que juntos aportam acima de R$ 500 mil em cada projeto, valor que pode chegar a dezenas ou centenas de milhões, dependendo do tamanho do fundo. Em troca, os fundos passam a participar do capital das empresas que recebem os aportes e faturam com o crescimento delas, grandes operações de vendas dos negócios e até abertura de capital na bolsa de valores.
Investimentos para startups em fase de escala
Na fase de escala a startup já passou por todas as provações necessárias a sobrevivência e crescimento e seguiu ganhando fatia de mercado e se desenvolvendo, atingindo receitas anuais de dezenas ou centenas de milhões.
Portanto, seu objetivo é continuar o crescimento entregando valor e da melhor forma possível, até mesmo com internacionalização e abertura de capital na bolsa.
Private Equity
Fundos de Private Equity aportam valores superiores aos dos fundos de Venture Capital, pois startups que chegaram a esse patamar precisam de aplicações mais robustas para dar saltos de crescimento, o que as opções citadas até o momento não têm porte para tanto.
Normalmente, empresas que recebem esse investimento já cresceram muito por aportes de outros tipos anteriormente, necessitando de um último investimento maior, mesmo com o mercado conquistado, para expandir exponencialmente.
Quando um negócio consegue tal investimento, geralmente o fundo envolvido faz exigências de ações no plano de gestão para que os objetivos sejam atingidos, além de participar internamente no processo e ficar com posse de parte da empresa.
IPO
A sigla significa Initial Public Offering (Oferta Pública Inicial) do capital na bolsa de valores, quando a empresa capitaliza milhões ou até bilhões vendendo ações, partes do capital. Com isso, o negócio pode seguir expandindo e inclusive internacionalizar as operações com abertura de capital também em outros países.
Para isso, uma startup deve ter tamanho suficiente para que seus objetivos sejam coerentes e também para que o porte financeiro seja robusto o suficiente para tal operação e suas consequências.
Depois de ler os oito tipos de investimentos para startups que abordamos você já sabe qual é o mais adequado para o estágio de vida do seu negócio. E se a sua empresa ainda está nas fases de construção e validação, precisando de um investidor-anjo, leia seis práticas para conquistar esse aporte.