Os 5 principais relatórios contábeis e financeiros para startups

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Feeling e planejamento existem em todas as empresas, mas só eles não bastam para fazer uma boa gestão. A informação tempestiva é crucial e elemento valioso no gerenciamento, nas tomadas de decisões e também em planejamento e projeções.

Por isso, os empreendedores têm de estar atentos aos principais relatórios contábeis e financeiros para startups que desejam atingir a escalabilidade e a consolidação no mercado competitivo.

Então, neste post vamos mostrar por que esses documentos são importantes e elencar 5 deles que seu negócio precisa ter como aliados.

A importância dos relatórios contábeis e financeiros para startups

Os documentos gerenciais sobre um negócio são tão importantes para questões internas quanto externas.

Internamente, a gestão deve orientar a empresa a resultados, avaliar o desempenho dela, controlar ela e suas finanças e ditar os rumos necessários à escalabilidade e ao crescimento.

Externamente, se a startup deseja conquistar um investidor, tem de demonstrar com documentos que seu negócio é saudável e tem potencial de crescimento sustentável.

Para tudo isso são necessários dados confiáveis, relevantes e atualizados, que servem de suporte para tomada de decisões estratégicas. E é para contar com tal informação que as startups devem manter e aplicar na prática os documentos que abordaremos agora.

1. Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC)

Na contabilidade, o DFC apenas é de elaboração legalmente obrigatória para empresas de capital aberto e para negócios com patrimônio líquido de R$ 2 milhões ou mais. Porém, mesmo não sendo uma obrigação é interessante às startups elaborar e manter o relatório atualizado.

O fluxo de caixa é uma ferramenta gerencial e de controle das finanças que registra exatamente todas as ocorrências de suas contas com exatidão em números e datas com frequência. Dessa forma, permite aos responsáveis acompanharem de perto o que ocorre com o dinheiro do negócio.

De maneira simples, é composto por entradas, saídas e saldos. Mas pode-se adicionar o saldo operacional, um resultado obtido pelas entradas menos as saídas do período específico, para além de acompanhar os valores registrar o progresso do caixa.

Também é importante fazer a projeção do fluxo de caixa, com base em dados, documentos e meses anteriores, para prever o capital de giro da empresa nos prazos curto e médio. Assim, decisões sobre investimentos ou planos de prevenção contra problemas podem ser tomadas antecipadamente para ações mais eficientes.

2. Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)

O DRE demonstra o resultado em lucro ou prejuízo obtido pelo negócio em determinado período levando em consideração apenas as movimentações dele em despesas, receitas e resultado anterior.

Diferentemente do fluxo de caixa, o Demonstrativo de Resultado é um documento contábil de elaboração obrigatória a todas as empresas.

Apesar de fluxo e DRE apurarem saldos com entradas e saídas, não são equivalentes, mas sim complementares. Enquanto o DFC é somente um reflexo das movimentações nas disponibilidades, o DRE evidencia de fato lucro ou prejuízo levando em conta todos os resultados operacionais e não operacionais.

Por exemplo, se um bem do ativo da startup depreciar essa redução não aparecerá no fluxo de caixa, mas constará no DRE para a formação de resultado. Ou seja, é um relatório mais completo e em uma análise geral e mais profunda é mais confiável para constatar os resultados do período avaliado.

3. Balanço Patrimonial (BP)

O BP também é um elemento obrigatoriedade na contabilidade das startups, independentemente do porte.

O documento engloba o ativo e o passivo da escrituração contábil, revelando o patrimônio líquido resultante da subtração do primeiro grupo de contas pelo segundo.

No grupo de ativos estão as contas como disponibilidades apuradas em caixa e nas contas de banco, recebíveis em curto e longo prazos, bens móveis e imóveis e os chamados ativos intangíveis, como softwares adquiridos pela startup.

Já no passivo estão as subtrações: contas a pagar de naturezas diversas em diferentes prazos, as obrigações no geral.

Por fim, o patrimônio líquido demonstra como está a saúde financeira e patrimonial.

Por exemplo, se há dinheiro em caixa, recebíveis e obrigações a pagar que sejam coerentes para a empresa, seu patrimônio estará positivo tanto na demonstração quanto para uma projeção. De outra forma, mesmo havendo dinheiro em caixa, se as obrigações em curto e longo prazos superarem os recebíveis o patrimônio líquido estará baixo, já com a luz de alerta ligada para o futuro próximo.

4. Demonstração das  Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

Como o nome sugere, este documento acompanha o patrimônio líquido, de maneira mais focada nele do que faz o Balanço Patrimonial, exibindo seus resultados e os componentes que os produziram, como ganho de lucro, ocorrência de prejuízo e valorização ou desvalorização de ativos.

Apesar de o relatório citado anteriormente também referir-se à situação patrimonial, o DMPL é o documento mais completo para acompanhamento e análise do patrimônio líquido do negócio.

Por isso, ao buscar um investimento para startups é preciso ter o documento elaborado e claro, de preferência com bons resultados ou pelo menos sem grande prejuízo, pois investidores normalmente buscam fazer aportes para gerar lucro e crescimento ao invés de somente cobrir perdas.

5. Relatórios de indicadores financeiros

Primeiramente, a importância de estabelecer indicadores financeiros para a startup está no fato de orientar a gestão a resultados e analisar o desempenho, no geral e por critérios específicos, a partir de dados confiáveis, exatos e relevantes.

Para isso, o negócio pode tanto criar um modelo de documento que una todos os indicadores estabelecidos, personalizar seus principais relatórios contábeis e financeiros para visualizá-los ou extrair os resultados dos indicadores da sua documentação padrão.

Como dica, vamos dizer que as melhores soluções são personalizar os relatórios extraídos periodicamente ou criar um direcionado apenas aos objetivos de visualizar indicadores, como um dashboard de KPIs. Assim, se torna mais fácil obter respostas e insights na visualização dos números e relacioná-los entre si para constatar causas, consequências e ligações.

De qualquer forma, defini-los e acompanhá-los é fundamental para o bom andamento da gestão empresarial e financeira e também para medir e orientar a escalabilidade da empresa.

Portanto, conheça 18 indicadores importantes para sua empresa e monte os relatórios contábeis e financeiros mais assertivos para sua startup.

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