A tradução de cultura data driven pode ser uma cultura de orientação ou direção feita por dados. Seja qual for o termo utilizado, a ideia está em utilizar dados como base para a gestão de uma empresa e para o gerenciamento de cada um dos setores, aplicando a informação como norte tanto para planejamentos mais abrangentes quanto para ações menores e pontuais.
O conceito ainda inclui a produção dos dados, compreendendo fatores como fontes de obtenção de informações, cruzamento entre elas, modelo de organização dos dados e periodicidades definidas para as diferentes etapas do processo. Isso porque o usuário final, um gerente ou sócio, precisa contar com relatórios e dados confiáveis para usá-los na orientação gerencial. Do contrário, todos os resultados esperados da cultura não aparecem.
A seguir, vamos mostrar quais são os pilares que fazem a cultura funcionar e como mantê-la viva.
Pilares da cultura data driven
Pessoas
Todos os envolvidos na manutenção e na aplicação da cultura, sejam mais ou menos influentes na hierarquia do negócio, precisam estar bem engajados com os resultados almejados por meio dela e com as políticas definidas para seu andamento.
Os profissionais também precisam entender como suas ações podem influenciar no trabalho de outros envolvidos em etapas posteriores e nos resultados atingidos.
Processos
Aqui estão inclusas as práticas que permitem à cultura data driven funcionar no dia a dia a se perpetuar em longo prazo, como:
- periodicidade de atualização de informações;
- organização das etapas de busca, análise e geração de dados;
- formas de cruzamento de informações distintas;
- canais de comunicação entre profissionais;
- integrações entre sistemas diferentes.
No total, os processos somam dezenas e cada um tem sua importância para que a informação seja adequadamente obtida, organizada e utilizada. Logo, nenhuma delas pode ser ignorada ou menosprezada.
Assets
Dentro do conceito, os assets significam a tecnologia que a empresa possui para agilizar e qualificar processos que envolvem trabalho com os dados.
Em portugês, o termo significa “ativos”. No caso, seriam os ativos digitais envolvidos nas mais variadas partes do trabalho, como APIs, hubs de integração, integrações nativas e softwares variados que geram indicadores e relatórios.
Dados
Obviamente, os dados estão entre os pilares de uma orientação gerencial baseada justamente neles. Mas os dados por si só não são úteis e relevantes como pilar ou para o processo, pois dependem de como atuam os demais pilares para que tenham impacto positivo.
Então, por exemplo, os assets devem ser bem configurados e utilizados e as pessoas precisam estar bem direcionadas pelo gestor para cumprirem com suas funções dentro da cultura.
Automação
A aplicação da automação tem como objetivo agilizar o processo e auxiliar na eficiência dos demais pilares, além de ser importante também para a precisão da informação.
Se determinados dados são buscados ou produzidos manualmente por algum profissional, isso pode ser automatizado. Se a informação recebida é manualmente tabelada e organizada em relatórios e documentos, essa etapa também pode ser automatizada. Para cada tarefa existe possibilidade de automação, bastando que a ferramenta certa seja alocada em cada processo e ocorra integração entre as etapas.
Por exemplo, a automação financeira integra informações de gestão financeira, backoffice e contabilidade. Com isso, junto à automação de rotinas administrativas em si, ocorre a produção de dados mais abrangentes e gerados em tempo real para realização da gestão financeira.
Mantendo viva a cultura data driven
Todas as possibilidades de uso de dados devem ser cobertas, e não somente aquelas que aparentemente são mais importantes e baseiam as decisões mais relevantes. Isso eleva o nível de abrangência das informações coletadas e permeia a cultura até os pequenos detalhes da empresa.
Em relação às pessoas, todos os profissionais que lidam com os dados devem ser instruídos a como trabalhar com eles. Entender de onde e como números e registros surgem, a que se referem e como interpretá-los para obter constatações e tomar decisões é fundamental.
As equipes devem buscar atingir metas, definidas por históricos de informações analisadas. Assim, a atuação delas também é dirigida por dados e os profissionais trabalham diariamente orientados por eles.
Encontrar novas fontes de obtenção de dados com o tempo também é importante, pois fortalece a cultura implementada, deixa o processo mais robusto e pode melhorar seus resultados com mais qualidade e quantidade de informações.
Outra prática que retroalimenta a cultura é sua aplicação para previsões, que também gera benefícios para os resultados permitindo que gestores se adiantem a ameaças ou oportunidades. Quando análises preditivas são feitas, posteriormente o planejamento é revisto e analisado para comparação com o que se realizou, avaliação das metas passadas e definição de novos objetivos.
Com exceção de dados confidenciais e sensíveis, a informação tem de ser democratizada para todos na empresa terem possibilidade de colocarem a cultura em prática e entenderem sua importância. A democratização também ajuda profissionais a trabalharem com dados atualizados, visto que podem ficar obsoletos enquanto se espera por alguma autorização de acesso.
Cada vez é mais fácil colocar a cultura data driven em prática dentro de um negócio e mantê-la, já que softwares e outras tecnologias são bastante acessíveis para empresas de todos os portes, além de conteúdos como este que ajudam gestores a entenderem um assunto e materializarem conceitos.
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