As principais métricas de desempenho de softwares

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Gerenciar tecnologia exige métricas, incluindo indicadores aprofundados que podem mostrar até possíveis defeitos ocultos da plataforma. Por isso, não vamos abordar neste texto questões como uptime e taxa de bugs, pois certamente você já controla tais índices.

Vamos falar sobre métricas de desempenho de software mais aprofundadas, que medem direta e indiretamente a performance do produto e refletem em indicadores associados à relação com os clientes e à performance empresarial.

Total de defeitos encontrados pelos clientes

Isso não é um problema quando se está prototipando uma solução ou novas funcionalidades e quando os early adopters ainda estão fazendo os primeiros testes de sua aplicação fora do ambiente interno e controlado da empresa. Mas passa a ser após o produto ser dado como finalizado e pronto para distribuição, pois pode gerar a perda de clientes mesmo que o software seja eficiente e desenvolvido com as melhores práticas.

Um índice muito alto de defeitos apontados por clientes também indica que há falhas no processo de sustentação da ferramenta, no monitoramento de seu desempenho, na infraestrutura de segurança e no acompanhamento dos indicadores de performance e estabilidade.

Percentual de cobertura de código

Os testes automatizados facilitam a detecção de falhas e podem se adiantar a possíveis problemas. Por isso, quanto maior a proporção do código-fonte coberta por esses testes, melhor.

O indicador pode não estar diretamente entre as métricas de desempenho de software, mas se relaciona de maneira direta com a sua performance. Isso porque a cobertura trabalha para diminuir falhas e quantidade de horas necessárias para correções e resolução de problemas, auxiliando na manutenção da estabilidade também.

Tempo de resposta X requisições

Normalmente se faz uma média do tempo de resposta, e se ela for baixa considera-se que a tecnologia está performando bem. Porém, a média leva em conta todos os diferentes tipos de requisições feitas pelos usuários. Com isso, a média pode ser um pouco enganosa, pois apenas uma requisição ou um número pequeno de tipos pode estar com tempo de resposta muito alto acobertado pela média.

Então, sim, a média deve ser acompanhada e mantida em baixo patamar. Mas os tipos de requisições precisam ser avaliados individualmente para redução do tempo de cada um deles, principalmente das mais demoradas para conclusão. Até porque isso posteriormente puxa a média geral para baixo.

Vazão de requisições

O troughput é a quantidade de requisições efetuadas com sucesso por unidade de tempo. E é muito importante que sua medição acompanhe o crescimento do número de clientes e usuários.

A vazão, além de ser alta para a ferramenta ter tempo de resposta baixo e boa performance, precisa acompanhar o aumento de demanda para que seu desempenho não diminua com o tempo. Quando isso não ocorre, os problemas mais comuns são aumento na taxa de resposta e na de erros em requisições, mas outros gargalos podem causar isso, assim como uma infraestrutura não planejada anteriormente para o grau de demanda percebido na prática.

Indicadores de custo e receita

Mais uma vez saímos do dashboard que diretamente demonstra as métricas de desempenho de software, mas nunca podemos ignorar para a performance a importância de indicadores associados e relacionados.

A receita é um número de relação simples com o produto. Sua manutenção significa a retenção de usuários e seu aumento, a entrada de novos clientes. Já o aumento dos custos pode ter a ver com ampliação da equipe de sustentação pela aquisição de clientes ou somente gastos maiores, sem mudança de cenário, para a resolução de problemas.

Ocorrendo baixa de faturamento, o negócio deve procurar entender os motivos de cancelamentos e a relação deles com o desempenho da solução. Enquanto isso, a alta de despesas não associadas a aumento de demanda exige uma revisão nos processos de monitoramento e em possíveis fontes de transtornos crônicos.

Vale sempre lembrar que aumento de custos não diz respeito somente a novas aquisições e contratações, pois é algo que também existe quando a produtividade da equipe de tecnologia é afetada, quando retrabalhos passam a ser necessários e em demais situações que atrapalham a ordem natural dos processos de manutenção e qualificação da ferramenta sustentada. A diferença é que eles surgem de maneira oculta e afetam a empresa de forma indireta.

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